Sinceramente, ultimamente me pego indagando sobre a pessoa em que me tornei. A minha mente era voltada para mudança; uma melhora nas minhas ações e da forma com que eu vejo e encaro o mundo. Na faculdade estudamos inúmeros teóricos que acabam, mesmo sem percebemos, deixando marcas, nos fazendo mais criticos e menos tolerante com o que nos é posto.
Os diversos caminhos me levaram para militar. Tentar mudar valores de uma sociedade que não valoriza o que de fato se é, mas o que de fato se tem. E quando eu me refiro ao ter, eu digo no sentido de bens; quanto mais você tem, mais status você terá e isso te define dentro dessa sociedade de hierarquias.
Passei por situações muito complicadas e que sofro com as consequências delas até hoje. Disse não para empregos que, para a grande massa, seria uma oportunidade única e abrir mão deles era sinal de loucura no seu estágio final.
O que poucas pessoas conseguem perceber são os motivos que me levaram a ter esse tipo de atitude. Aceitar seria ir contra aquilo que eu acredito e defendo. Contra meus valores e minhas ideologias. Não que eu posso me dar o luxo de dizer não - até hoje sofro com as consequências, lembra?- Mas encontrei outras formas de pagar as minhas contas e guardar uns trocadinhos para aproveitar as situções boas da vida. Afinal, é para isso que trabalhamos, não é? Para se ter a possibilidade de desfrutar de momentos bons, com pessoas igualmente boas.
As prioridades estão postas, mas veja o que, de fato, você atribui prioridade. Perceba o que te é importante; e que não é uma bolsa ou um sapato que vai te fazer melhor. Vontades todos temos. Seria eu hipócrita se falasse que não tenho vontandes em relação ao consumo de mercadorias. Mas é aquela velha e boa história: "Tudo em excesso faz mal." Não se torne escravo da sua própria vontade e desejo. Você é mais do que uma roupa de marca, um carro da moda...São fetiches. Você é aquilo que está na sua essência. Aquilo que está no seu intrínseco.
Em suma, se questione sobre o que você tem cuidado mais: Sua imagem, para que outras pessoas estejam satisfeitas com o que vêem ou o seu intimo que é a satisfação sua com a pessoa que se tornou?
( a postagem sobre a bolsa que eu ganhei, não contradiz o que eu relatei hoje. Como disse eu também tenho minhas vontades. Mas, com toda certeza, não é esse objeto que irá fazer com que eu me sinta mais ou menos feliz. Gostei muito, primeiro que a forma que eu o recebi foi bem fofo, segundo porque eu precisava no momento e, já que precisava, que fosse pelo menos do modelo que eu tanto gostei e me identifiquei e que não tinha como, na época, comprar. Meu namorado resolveu fazer essa surpresa que foi supimpa! rs. Fiquei bem feliz com a atitude dele.)
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