Medo!
Participação mais que especial de Daniel, na postagem de hoje
Seguindo a tendência recente de readaptar ou reinventar clássicos da grande literatura, existe a especulação de que haverá um blockbuster hollywoodiano para a versão dos irmãos Grimm de “Branca de Neve”. Poucos sabem mas a historia alemã dos Grimm, não é a única versão, mas sim a mais conhecida, até em razão da adaptação em desenho feita por Walt Disney, numa das animações consideradas até hoje como mais rica em detalhes e cores.
É possível que a produção que se especula conte com nomes como Kristen Stewart( a Bella de Crepúsculo), Viggo Mortensen (Senhor dos anéis) e Charlize Theron(Monster) beba bastante da fonte dos escritos dos Grimm. Uma história muito mais “adulta”, bebendo da fonte da tradição oral folclórica alemã, ainda assim com os paradigmas que fazem deste tipo de leitura tão rica e tão divulgada: as pessoas bondosas são premiadas e as maldosas castigadas; predomina a esperança e a confiança na vida, os personagens lutam pelos seus ideais, etc.
Fica a expectativa para um filme que traga mais do que somente efeitos especiais que acabam por diluir a grandiosidade das personagens (como no caso do recente “Fúria de Titãs), mas sim que possa manter o fascínio que prende a atenção de várias gerações.
Uma outra referência interessante para quem gosta de novas interpretações de histórias clássicas, é a HQ (história em quadrinhos), “Fables”, criada pelo roteirista Bill Willingham, publicado pela DC Comics originalmente e depois lançada pelo selo Vertigo, em 2002. A série trata de vários personagens de contos de fadas e folclore - referindo-se a si mesmos como "Fábulas" - que foram expulsos de suas terras por um inimigo chamado apenas de "O Adversário", que conquistou o reino. As Fábulas teriam então viajado para o nosso mundo e formado uma comunidade clandestina em Nova York conhecida, a partir de então como Fabletown.
Abaixo um trecho de Branca de Neve, conto dos Irmãos Grimm:
"Um dia, a rainha de um reino bem distante bordava perto da janela do castelo, uma grande janela com batentes de ébano, uma madeira escuríssima. Era inverno e nevava muito forte.
A certa altura, a rainha desviou o olhar para admirar flocos de neve que dançavam no ar; mas com isso se distraiu e furou o dedo com a agulha.
Na neve que tinha caído no beiral da janela pingaram três gotinhas de sangue. O contraste foi tão lindo que a rainha murmurou:
- Pudesse eu ter uma menina branquinha como a neve, corada como sangue e com cabelos negros como ébano. Alguns meses depois, o desejo da rainha foi atendido.
Ela deu à luz uma menina de cabelos bem pretos, pele branca e face rosada. O nome dado à princesinha foi Branca de Neve.
Mas quando nasceu a menina a rainha morreu. Passado um ano, o rei se casou novamente. Sua esposa era lindíssima, mas muito vaidosa, invejosa e cruel.
Um certo feiticeiro lhe dera um espelho mágico, ao qual todos os dias ela perguntava com vaidade:
- Espelho, espelho meu, diga-me se há no mundo mulher mais bela do que eu.
E o espelho respondia:
- Em todo o mundo, minha querida rainha, não existe beleza maior.
O tempo passou. Branca de Neve cresceu, a cada ano mais linda...
E um dia o espelho deu outra resposta à rainha.
- A sua enteada, Branca de Neve, é agora a mais bela.
Invejosa e ciumenta, a rainha chamou um de seus guardas e lhe ordenou que levasse a enteada para a mata e lá a matasse. E que trouxesse o coração de Branca de Neve, como prova de que a missão fora cumprida.
O guarda obedeceu. Mas, quando chegou à mata, não teve coragem de enfiar a faca naquela lindíssima jovem inocente que, afinal, nunca fizera mal a ninguém. Deixou-a fugir.’
Para enganar a rainha, matou um veadinho, tirou o coração e entregou-o a ela, que quase explodiu de alegria e satisfação.
Enquanto isso, Branca de Neve fugia, penetrando cada vez mais na mata, ansiosa por se distanciar da madrasta e da morte."
Supostamente a nova Branca de neve
e o caçador
Imagens: Google
Fontes de apoio: Omelete e Cantinho da Literatura
Um comentário:
Bem interessante essa "nova roupagem" além do infantil das histórias.
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